Tenho afirmado isso há muito tempo nas palestras e treinamentos: os vencedores possuem um cérebro bem treinado, além de condição e performance física. Com as Olimpíadas do Rio-2016, podemos tirar muitas lições e exemplos sobre isso, como, por exemplo, o nadador Michael Phelps, maior medalhista em olimpíadas.
Ele não treina somente o aspecto físico, ele se prepara mentalmente para as competições. No livro, “O Cérebro do Vencedor”, de Jeff Brown e do neurocientista Mark Fenske, os autores mostram que a ciência identificou três fases que envolvem o processo de motivação dos vencedores: 1-Mapear, 2-Acelerar, 3- Impulsionar.
Comparando com a preparação e estratégia que o Michael Phelps desenvolve, percebe-se as três fases em seu desempenho. Em uma matéria publicada no portal da Revista Exame (10/08/16), relata que Phelps “visualiza cenários tanto positivos quanto negativos” para ter êxito nas provas. Isso já aponta uma das três fases da motivação dos vencedores: “mapeamento”.
Mapeamento significa visualizar a viagem até o destino final, colhendo informações sobre possibilidades de riscos, calculando todas as ações e resultados possíveis. A construção desta visualização envolve estruturas do cérebro que vão contribuir para uma performance de excelência, entre elas, a amígdala e o estriado ventral. Essas estruturas fixam-se no objetivo para começar a fase da aceleração. Aí está uma das razões que levam um vencedor a ter confiança e segurança para competir em alto nível.
A fase da aceleração significa se colocar em um estado para agir, é ligar os “motores” proporcionando a vontade para fazer algo. De acordo com os autores do “Cérebro do Vencedor”, neste momento a dopamina tem um papel fundamental, pois gera a antecipação da recompensa, estimulando à ação. Em seguida vem o impulso, a terceira fase do ciclo da motivação. “Com um mapa na mão, gasolina no tanque, o carro entra em movimento”, ou seja, o indivíduo começa a agir focado no alvo estabelecido.
Fica claro que, o ciclo motivacional sempre inicia quando se tem um objetivo claro, um alvo bem definido. Somente com um objetivo é possível passar por toda a sequência: “mapear-acelerar-impulsionar”. Os grandes vencedores não perdem a sustentação durante a caminhada rumo ao objetivo, diferentemente da maioria das pessoas. Com objetivo importante definido eles se mantêm de forma persistente neste ciclo, e vão ajustando a rota quando necessário, treinam, avaliam, mas continuam focados no alvo.
Será que essa capacidade de vencer é nata? Ou pode ser desenvolvida? Existem muitas teorias a respeito. Pesquisadores afirmam que o aspecto genético pode influenciar, sim. Porém, já se sabe que, se não houver grandes limitações físicas impeditivas, qualquer pessoa têm a capacidade de desenvolver o ciclo motivacional em suas vidas. Basta querer e se permitir aprender, mas, é óbvio, que, antes disso, é preciso ter um grande desejo de VENCER, de sair de onde está e chegar a algum lugar melhor! Lembre-se sempre: querer vencer sem ter um desejo latente de se preparar para vencer nada adianta!
Cersi Machado Palestrante e treinador empresarial há 15 anos. Especialista em motivação, atendimento e treinamento de equipes. Site: www.cersimachado.com.br. E-mail: cersi@cersimachado.com. Acesse a fanpage e curta: www.facebook.com/cersi.machado
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