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O verdadeiro líder não “passa a mão na cabeça”


Liderança é a capacidade de transformar um grupo de pessoas em uma equipe que gere resultados em prol da empresa. Não é uma tarefa fácil, pois, para conseguir os resultados almejados, o líder precisa trabalhar para que as pessoas se superem a cada dia. O que não tem nada a ver com liderança é quando o líder “passa a mão na cabeça” dos seus liderados, com objetivo de ser aceito e mais querido por aqueles que compõem seu grupo, acreditando erroneamente que isso vai trazer resultados.


A expressão popular, “passar a mão na cabeça”, significa deixar passar, proteger, aceitar, encobrir erros, ou permitir que a incompetência continue. Um líder quando faz isso, na verdade não está sendo líder de maneira alguma, ele está deixando de ajudar o colaborador a se tornar um profissional melhor, e, também, comprometendo negativamente o progresso da equipe.


O verdadeiro líder não “tapa o sol com a peneira”, ele não faz de conta que não está enxergando quem precisa melhorar, pois tem a consciência de que seu verdadeiro papel é saber dar feedback e despertar nas pessoas a ânsia de se tornarem melhores para que o tempo não passe sem que tenham alcançado grandes feitos.


Um exemplo deste perfil de líder vem de um dos maiores treinadores dentro dos esportes coletivos, o técnico Bernardinho. Depois de quase 16 anos à frente da seleção masculina de vôlei, deixou o cargo. Ele sempre focou em despertar nos atletas o senso de inconformismo, ou seja, sempre é possível fazer um trabalho melhor e agregar valor naquilo que fazemos.


Partindo do exemplo de Bernardinho, o líder não pode, jamais, se contentar com limites pré-estabelecidos daqueles que compõem seu time. Expressões e crenças do tipo, “não vai dar certo, não consigo, é difícil, eu já sei”, não podem ser aceitas por quem lidera uma equipe. Se o líder aceitar tais limites ele se acomoda e a equipe também, pois isso vai fazer com que as pessoas parem no tempo e criem barreiras psicológicas e emocionais desnecessárias para continuar evoluindo.


Quem assume um cargo de liderança deve agir como um “líder coach”, ensinando seus liderados a canalizarem suas forças na direção de objetivos e metas, os ajudando a enxergarem seus potenciais. Mas como fazer para ajudar as pessoas a vencerem seus limites? Uma das respostas a esta pergunta define-se em uma única palavra: encorajamento. Isso é muito diferente de passar a mão na cabeça.

O filósofo alemão Johann Wolfgang Von Goethe certa vez escreveu que “a correção faz muito, mas o encorajamento após a censura é como o sol depois da tempestade”. Encorajar só é possível quando o líder se preocupa com a evolução das pessoas, pois quando as pessoas melhoram, os resultados melhoram.


Já está na hora das empresas entenderem que existe uma enorme diferença entre ser líder e ser gerente, supervisor ou chefe. Não existe liderança sem um líder, e não existe um líder sem liderados. Então, quem está no cargo de liderança precisa entender de pessoas, para tanto, deve conhecê-las sabendo identificar seus pontos fortes e fracos e, a partir deste conhecimento, trabalhar para que elas vençam suas fraquezas. Um texto considerado de autoria de William A. Ward, escritor e pastor americano, resume a importância de encorajar uma pessoa: “Lisonjeie-me, e não acreditarei. Critique-me, e talvez não goste de você. Ignore-me, e talvez não o perdoe. Encoraje-me, e nunca o esquecerei”.


Se você, prezado leitor, estiver ocupando um cargo de liderança procure avaliar como está sua capacidade de encorajar as pessoas. Existem muitos profissionais que se dizem líderes, mas estão fazendo o contrário de encorajar, eles desanimam, pesam o ambiente, e acabam deixando as pessoas com sentimentos de impotência para usarem todo o seu potencial. Pesquisas revelam que uma das principais causas dos pedidos de demissão dos colaboradores nas empresas é a péssima qualidade do relacionamento com o chefe. Lembre-se, se você ajudar as pessoas a confiarem nelas mesmas seus resultados vão multiplicar.

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